O suor excessivo na palma das mãos, axilas, costas, cabeça e pés são sintomas da hiperidrose, doença causada pela hiperatividade das glândulas sudoríparas. “Isso acontece porque as glândulas responsáveis pela transpiração funcionam de maneira acelerada e aumentam a produção de suor mais do que o normal”, explica a médica especialista em Dermatologia, Flávia Villela.
A doença atinge 3% da população, porém menos de 40% dos pacientes consultam o médico, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). “Apesar de não ser uma doença grave, pode afetar a qualidade de vida, já que a transpiração excessiva provoca desconforto devido ao odor e manchas nas roupas, além de prejudicar a interação social”, explica a médica.
Uma alternativa para o controle da transpiração excessiva é a aplicação de toxina botulínica. O tratamento é uma boa opção para quem não quer se submeter a cirurgias. O processo é realizado por médicos especializados em consultório ou clínica dermatológica. “A aplicação na axila, mãos e pés inibe a ação da acetilcolina, um neurotransmissor que regula as glândulas produtoras do suor. O efeito é notado a partir de 48 horas e tem duração de oito a dez meses. Em alguns casos, até um ano”, informa a médica Flávia Villela.
A hiperidrose pode ser causada por fatores emocionais, hereditários ou por outras doenças. Existem dois tipos: a primária focal, também chamada de essencial, e a secundária generalizada. “A primeira geralmente aparece na infância ou adolescência, com incidência maior em pessoas da mesma família. Quem tem esse tipo não sua quando dorme ou está em repouso”, informa.
Já a secundária generalizada é causada em decorrência de outras doenças, como o hipertireoidismo, diabetes, obesidade e alterações hormonais ou pelo efeito colateral de medicação. “É uma condição que provoca suor excessivo não só em situações normais de transpiração, mas em qualquer momento e em todas as áreas do corpo. Ao contrário da primeira, neste tipo as pessoas podem transpirar excessivamente também durante o sono e sua prevalência é na fase adulta”, destaca.
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