A exposição ao sol estimula a produção de vitamina D, essencial para garantir a saúde dos ossos, prevenir doenças e aumentar a sensação de bem-estar, mas em excesso e sem proteção adequada, a radiação ultravioleta (UV) pode causar queimaduras solares. Segundo levantamento da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, as queimaduras solares são responsáveis por 20% das consultas dermatológicas no verão. “São as lesões mais perigosas nos dias de calor, que provocam o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas, podendo, inclusive, evoluir para o câncer de pele”, alerta a médica especialista em Dermatologia, Flávia Villela. O câncer de pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos da doença no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Pele avermelhada e dolorida, bolhas, febre e calafrios são os principais sintomas da queimadura solar. Na maioria dos casos, as queimaduras são de primeiro grau, mas causam dor, hipersensibilidade e vermelhidão na área. Segundo a médica, os sintomas podem começar logo após a primeira hora de exposição e, normalmente, atingem seu pico no período de três dias. “O tratamento é feito com compressas de água gelada, cremes hidratantes e medicamentos anti-inflamatórios que aliviam a dor e devem ser ingeridos sempre com orientação médica. Hidratação oral também é muito importante”, detalha.
Flávia Villela alerta que uma nova exposição solar só poderá ocorrer após a melhora dos sintomas. “A queimadura solar é decorrente de um processo inflamatório intenso e o quadro pode piorar se a pele não estiver curada”, destaca.
Para a prevenção, a indicação é o uso de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) acima de 30, mesmo em dias nublados, e reaplicação a cada duas horas ou após longos períodos dentro da água. A exposição ao sol deve ser sempre antes das 10h e após às 16h e o uso de roupas com fator de proteção UV e acessórios, como bonés, chapéus e óculos escuros, complementam a proteção. “Medidas de fotoproteção são importante e devem fazer parte da rotina diária de todas as pessoas”, salienta.
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