Os desequilíbrios químicos do organismo, a carência nutricional, as alterações hormonais e outros problemas físicos podem agravar a saúde dos cabelos e das unhas. Além disso, esses fatores também interferem na queda de cílios e sobrancelhas. Flávia Villela, médica especialista em dermatologia, explica que devemos ficar atentos aos sinais da saúde geral.
‘’Entre as principais causas da queda de fios no geral, isso vale para cabelo, cílios e sobrancelhas, unhas também, pois é outra região que sofre com o quadro, está o eflúvio telógeno – condição reversível onde o cabelo cai bruscamente após uma experiência estressante. Mas um estresse orgânico.’’, diz.
O estresse orgânico abrange o estresse emocional e até infecções, afetando o dia a dia da população, que passa a sofrer mudanças no sono e alimentação, por exemplo. Flávia ainda explica que a pandemia em sua fase mais rígida intensificou as quedas dos fios e enfraquecimento das unhas, reflexo dos efeitos emocionais vividos no momento.
‘’O agravamento referente aos desequilíbrios, a ausência de nutrientes e as alterações hormonais em cada organismo também estiveram nas queixas e incômodos dermatológicos dos pacientes agora no pós-pandemia. Os casos aumentaram, porque eles estavam abalados com o cenário mundial e as mudanças que aconteciam na rotina, aderindo ao home office e lidando com sensações corporais diferentes do comum, desenvolvendo até ansiedade e depressão durante todo o período’’, comenta a especialista.
Alertas iniciais do organismo
Os fios desempenham função protetora no organismo e tem importante atuação na autoimagem e autoestima, principalmente das mulheres. O aumento na queda e oleosidade, cabelos quebradiços, redução do crescimento, aparecimento de caspa, verrugas e feridas no couro cabeludo são mais indícios de que o corpo está reagindo a alguma ameaça.
A médica Flávia Villela salienta que as causas devem ser investigadas, porque as mudanças nos fios podem confundir o paciente ou então representar o choque entre questões hormonais para quem sofre de anemia, já que os fios recebem menos sangue, nutrientes e oxigênio, ou em mulheres na menopausa, onde a redução do hormônio estrogênio acelera a entrada dos fios na fase telógena, de queda.
Já as unhas espelham como o corpo humano está por dentro e ainda trazem pistas sobre a saúde física, como a onicofagia. Esse distúrbio traz um comportamento crônico e compulsivo de roer e arrancar unhas e cutículas com os dentes e ainda acarreta infecções da pele ao redor, que sofrem um encurtamento irreversível.
Outras pistas são as manchas, ondulações, cores, peles ou verrugas, tidas como sinais de enfraquecimento, assim como as unhas quebradiças, descoladas e que não crescem, incluindo até quadros mais graves, como a predisposição genética para outras condições. ‘’Gosto sempre de lembrar que mesmo considerando mínima a mudança nas unhas ou no cabelo, consulte seu médico. Para ilustrar essa importância, dê atenção aos sinais. Alterações na cor e textura das unhas são respostas dermatológicas, assim como o encravamento e coceira em toda a região indica que um tratamento dermatológico imediato precisa ser pensado para controlar o quadro reativo’’, finaliza.
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